domingo, 24 de outubro de 2010

HANSENÍASE – Mycobacterium leprae

De ocorrência mundial, mas prevalente em países de clima tropical, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa de evolução lenta, ocasionada pela bactéria Mycobacterium leprae ou também chamada de bacilo de Hansen – nome do descobridor do agente etiológico.
Já na antiguidade, a doença era conhecida, porém de forma errada pelo nome de lepra e designava dermatoses. Na medida em que as causas foram sendo descobertas, a doença recebeu uma nova denominação passando a se chamar de hanseníase.
A hanseníase pode afetar as pessoas de qualquer idade, gênero, ou raça. Ela se manifesta através de lesões de pele e nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.
Inicialmente podem surgir manchas de aspectos variados que vão desde hipocrômicas ou indefinidas, ou ainda manchas eritematosas em relevo. Nos nervos ocorre um processo inflamatório que provoca anestesia local e atrofia muscular, com consequente deformidade irreversível.
A doença pode ser classificada em quatro formas: hanseaníase Indeterminada, hanseníase Tuberculóide, hanseníase Dimorfa e hanseníase Virchowiana. Dentre estas, apenas a do tipo Virchowiana e Dimorfa são transmissíveis.
A Mycobacterium leprae pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de secreções nasais e soluções da pele. Para que a transmissão ocorra é necessário o contato prolongado com pacientes portadores de hanseníase.
O período de incubação, isto é, o período em que se tem a doença, mas não se manifesta a doença pode variar de 2 a 7 anos, de acordo com a intensidade da exposição e da resistência do indivíduo.
O tratamento ocorre depois de ser realizados exames que comprovam o tipo de hanseníase, para que se possa ser feita uma terapia medicamentosa, além de medidas de auto-cuidado com a pele.
Logo após constatar os sintomas, procure a Unidade de Saúde mais próxima.

Referência:
AGUIAR, Z.N; RIBEIRO, M.C.S. Doenças Transmissíveis. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2006. p. 151-163.