terça-feira, 2 de agosto de 2011

Semana Mundial do Aleitamento Materno

Quando falamos em amamentação a tendência é pensar no tempo ( da gravidez ao desmame - binômio mãe-filho) e no lugar ( família, casa), mas nenhum deles é tão importante se não houver a terceira dimensão que é a comunicação.
O tema desse ano: " Amamentação: uma experiêcia 3 D" busca destacar a importância da comunicação para apoio e promoção da amamentação.
Conforme Eduardo Vaz : " Amamentar é um ato pessoal. Incentivar é uma atitude profissional". Nesse sentido, o profissional enfermeiro tem o papel importantíssimo, seja na parte de orientação, quanto na divulgação, ambas integradas na política de promoção da saúde.

sábado, 14 de maio de 2011

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Muito mais que um gesto de Amor, a Doação de Órgãos e Tecidos significa uma nova chance de Viver! Perpetue vida! Dõe órgãos.

DÚVIDAS SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

1. O que é morte encefálica?

Morte encefálica é a morte do encéfalo, ou seja, a morte do cérebro, cerebelo e tronco cerebral. Juntos eles são responsáveis pelo controle de todos os sistemas do corpo, como a respiração, batimento cardíaco, digestão, movimentação, pensamento, raciocínio, etc, ou seja todas as atividades que costumamos realizar diariamente. Na morte encefálica perdemos todas essas funções, é uma morte irreversível e completa.

2. Diferença entre coma e morte encefálica.

Nos pacientes em coma o cérebro reage aos estímulos externos em maior ou menor grau dependendo da gravidade do coma. O que não acontece nos pacientes com morte cerebral.

3. Como os órgãos são distribuídos? Existe uma fila de receptores de órgãos?

Sim, existe uma fila de transplante. O paciente que necessitar de um transplante precisa se inscrever na Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde. No registro que é feito, serão colocados os dados deste paciente, e a partir de então ele aguarda por um órgão que seja compatível com as suas características. Essas filas são controladas pelas Centrais de Transplante, as mesmas não funcionam pela ordem de inscrição, pois existem alguns critérios para serem avaliados: o órgão deve ser compatível, e entre os possíveis transplantados, é selecionado quem está há mais tempo na fila de espera.

4. Quais são os tipos de doadores?

  • Doadores vivos
  • Doadores não-vivos - constatação de morte encefálica

5. Quais os órgãos que podem ser doados em vida?

Um dos rins, parte do pulmão, parte do fígado, e medula óssea.

6. Quem são os doadores em vida?

Pessoas compatíveis com boas condições de saúde.

Pessoas não parentes necessitam de ordem judicial.

7. Quais os órgãos e tecidos que podem ser doados após a morte?

Rins, pulmões, Coração, válvulas cardíacas, fígado, pâncreas, córneas, intestino, cartilagem, ossos, tendões, veias e pele.

8. Após a doação o corpo fica deformado?

Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.

9. Transplante de órgãos, no Brasil, pode ser realizado por empresa privada?

Não. A rede de Transplantes é mantida e controla pelo Sistema único de Saúde – SUS.

10. Lista Única de Espera:

  • Portaria N.º 3.407 de 05 de agosto de 1998

Constituído por um conjunto de critérios específicos de distribuição para cada tipo de órgão ou tecido, selecionando, assim, o receptor adequado.

  • Criada pelo Ministério da Saúde - Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e é controlada pelo Ministério Público.

domingo, 24 de outubro de 2010

HANSENÍASE – Mycobacterium leprae

De ocorrência mundial, mas prevalente em países de clima tropical, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa de evolução lenta, ocasionada pela bactéria Mycobacterium leprae ou também chamada de bacilo de Hansen – nome do descobridor do agente etiológico.
Já na antiguidade, a doença era conhecida, porém de forma errada pelo nome de lepra e designava dermatoses. Na medida em que as causas foram sendo descobertas, a doença recebeu uma nova denominação passando a se chamar de hanseníase.
A hanseníase pode afetar as pessoas de qualquer idade, gênero, ou raça. Ela se manifesta através de lesões de pele e nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.
Inicialmente podem surgir manchas de aspectos variados que vão desde hipocrômicas ou indefinidas, ou ainda manchas eritematosas em relevo. Nos nervos ocorre um processo inflamatório que provoca anestesia local e atrofia muscular, com consequente deformidade irreversível.
A doença pode ser classificada em quatro formas: hanseaníase Indeterminada, hanseníase Tuberculóide, hanseníase Dimorfa e hanseníase Virchowiana. Dentre estas, apenas a do tipo Virchowiana e Dimorfa são transmissíveis.
A Mycobacterium leprae pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de secreções nasais e soluções da pele. Para que a transmissão ocorra é necessário o contato prolongado com pacientes portadores de hanseníase.
O período de incubação, isto é, o período em que se tem a doença, mas não se manifesta a doença pode variar de 2 a 7 anos, de acordo com a intensidade da exposição e da resistência do indivíduo.
O tratamento ocorre depois de ser realizados exames que comprovam o tipo de hanseníase, para que se possa ser feita uma terapia medicamentosa, além de medidas de auto-cuidado com a pele.
Logo após constatar os sintomas, procure a Unidade de Saúde mais próxima.

Referência:
AGUIAR, Z.N; RIBEIRO, M.C.S. Doenças Transmissíveis. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2006. p. 151-163.

sábado, 31 de julho de 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A lenda do enfermeiro

Quando Deus criou o enfermeiro, teve de fazer horas suplementares. Era o sexto dia. Disse-lhe um anjo:

- Senhor, há muito tempo que trabalhais para fazer este modelo!

- Já pensaste na longa lista de símbolos especiais inscritos nesta encomenda? A obra tem de ser entregue sob a forma masculina e feminina, fácil de desinfetar, sem despesas de conservação e não pode ser de plástico. Ele deve ter nervos de aço, costas que resista a toda a provação, sendo ao mesmo tempo dócil e gracioso, para se poder sentir a vontade nos quartos de serviço demasiado pequenos. Deve poder fazer cinco coisas ao mesmo tempo, tendo o cuidado de manter sempre uma mão livre. - respondeu-lhe Deus.

O anjo abanou a cabeça e disse:

- Seis mãos, isso é uma coisa impossível.

- A dificuldade não está ai. O que me preocupa são os três pares de olhos que deve ter o modelo padrão; dois olhos para ver a noite através das paredes, durante as velas e para vigiar duas unidades; dois olhos atrás da cabeça para ver aquilo que não gostariam que ele visse, mas de que tem que ter absoluto conhecimento e, seguramente, dois olhos de frente, que olham para o paciente e lhe dizem: 'Compreendo-vos, estou aqui, não se preocupe' - Deus respondeu.

O anjo puxou-lhe gentilmente pelo braço e disse:

- Ide dormir Senhor, amanhã de manhã continuareis.

- Não posso. - respondeu o Senhor - Já consegui que raramente adoeça e se saiba tratar a si mesmo. Aceita que dez quartos duplos recolham quarenta doentes, mas nunca que dez postos de trabalho sejam apenas providos com cinco enfermeiros. Gosta muito da sua profissão, que exige muito dele e não é muito bem pago. Sabe viver com horários irregulares e, aceita ter poucos tempos livres.

O anjo andou lentamente em volta do modelo do enfermeiro e suspirou:

- O material é demasiado mole.

Deus replicou:

- Mas é tenaz. Tu não imaginas tudo o que ele pode pensar! Não somente pensar, mas avaliar uma situação e tomar compromisso.

O anjo inclinou-se mais sobre o modelo, passou-lho o dedo pela face e disse:

- Vejo aqui uma fenda. Já vos disse que experimentais várias coisas no vosso modelo.

- Esta fenda é feita por uma lágrima. - disse Deus.

- Porquê? - perguntou o anjo.

- Ela corre nos momentos de alegria, de tristeza, de decepção, de dor e de desamparo. - explicou-lhe Deus – É a lágrima que serve de tubo de escape para o excedente.

Fonte: www.quiosqueazulenda-dos-enfermeiros.html.com.br