sábado, 17 de abril de 2010

2. A Idade Média: O Feudalismo e a Prática Médica Religiosa


Os historiadores consideram que a Antiguidade termina em torno de 476 a. C. com a invasão do Império Romano do Ocidente pelos bárbaros e com ela o regime de escravidão dos povos. É o inicio da Idade Média Medieval.
A nova sociedade estrutura-se em duas classes sociais: os senhores e os servos, estes últimos eram obrigados a prestar serviços em troca do uso das terras e proteção militar.
O pensamento religioso monopolizado pela Igreja Católica era a instância ideológica dominante, inclusive sobre as concepções de saúde e doença, e as respectivas práticas médicas. Cabendo a igreja o cuidado do corpo e da alma.
A ocorrência das doenças tinham duas interpretações: para os pagãos eram conseqüência de feitiçarias, e para os cristãos as doenças eram sinais de purificação e da expiação dos pecados.
A lepra é considerada como a grande praga da Idade Média. A doença assumiu grandes proporções, provavelmente, devido aos deslocamentos populacionais ocorridos nas Cruzadas. Além dessa doença, outras epidemias assolaram na Idade Média, como a peste bubônica, varíola, difteria, sarampo, influenza, tuberculose, antraz,...
No final do período, com o aumento dessas epidemias, retorna-se a questão da causalidade das doenças. Admitia-se, em geral, ser a peste uma doença comunicável que atingia pessoas predispostas. Acreditava-se que alguma alteração atmosférica poderia, se fosse inalado, produzir uma doença.
O fim do modo da produção feudal na Europa Ocidental foi marcado por um conjunto de revoluções sociais importantes, que acabaram em determinar uma nova forma de produzir e viver em sociedade, o capitalismo.

Fonte: GUTIERREZ, P.R; OBERDIEK, H. I. Concepções sobre a saúde e a doença. In: ANDRADE, S.M.; SOARES, D.A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Eduel,2001. P. 10-14

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