sábado, 17 de abril de 2010

3. Idade Moderna: O Avanço da Clínica e dos Conceitos de Causalidade


O Renascimento foi um movimento de oposição à conduta dominante peculiar à Idade Média, resultando em várias mudanças que repercutiram em todos os aspectos da vida social, inclusive a ciência.
No Renascimento Cultural enfatizava-se uma cultura laica, racional e científica, baseados na cultura Greco-romana. Em meio a essas mudanças surgem alguns cientistas de renome como Nicolau Copérnico e Johann Kepler. Na medicina apontam Miguel Servet e Willian Harvey, que descobriram o mecanismo da circulação sanguínea, André Vesálio que se transformou no pai da anatomia moderna, e Ambroise Paré considerado Pai da Cirurgia. Segundo autores, Paré foi o responsável pelo uso de bálsamo no tratamento de ferimentos por arma de fogo, no lugar da cauterização por óleo fervente, e pelas ligaduras dos vasos sanguíneos nas amputações ao invés do emprego do cautério.
Nessa época ocorriam diversas doenças epidêmicas, e vários estudiosos buscavam uma maneira de explicar sua ocorrência. Para o médico italiano Girolamo Fracastoro, o contágio ocorria por contato direto de pessoa para pessoa, por agentes intermediários, como fômites; ou a distância, através do ar.
A Teoria Miasmática também surge nesta época para explicar a ocorrência das epidemias, sendo ela seguida por diversos cientistas. Contudo, esta teoria foi prevalente até o aparecimento da bacteriologia, na metade do século XIX.
Durante o século XVIII, os estudos médicos voltam-se para a compreensão do funcionamento do corpo humano e das alterações anatômicas sofridas durante a doença. O estudo das causas cede lugar à prática clínica.

Fonte: GUTIERREZ, P.R; OBERDIEK, H. I. Concepções sobre a saúde e a doença. In: ANDRADE, S.M.; SOARES, D.A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Eduel, 2001. P. 14-22

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